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Mãe e bebê na Jameh e Masjid em Yazd |
Famílias tradicionais, em especial na zona rural, tem uma preferência maior por meninos e os rituais de nascimento começam desde o início da gravidez, fazendo-se pedidos para que o novo bebê seja do sexo masculino, especialmente se a mãe já tiver dado a luz a meninas primeiro. Quando o primogênito é um menino as famílias visitam os santuários e fazem promessas, doam esmolas aos pobres e ofertam o sacrifício de carneiros e ovelhas. Acredita-se que quando a mãe apresenta um aspecto saudável durante a gravidez , ela está esperando um menino. E do contrário quando a mãe tem erupções cutâneas ou outros sintomas similares, ela deve estar esperando uma menina. Após o 6º mês de gestação, acredita-se que o formato da barriga indica qual será o sexo do futuro bebê. Uma barriga perfeitamente redonda indica que será um menino, uma barriga mais pontuda indicaria uma menina. Muitas vezes, o gênero da criança costuma determinar o status da mulher na casa, especialmente se o marido tiver mais de uma esposa.
A família da esposa fica encarregada de preparar o enxoval no 7º mês. Por ser o número 7 considerado sagrado pelos antigos zoroastrianos, este está ligado a boa sorte e normalmente cada criança recebe 7 conjuntos de roupas. A cor das roupas dos recém-nascidos é normalmente branca, aludindo provavelmente as antigas tradições zoroastrianas.
As meninas recebem como presente colares e braceletes de outro enquanto os meninos recebem um pequeno punhal de madeira coberto de veludo verde. E as crianças também recebem talismãs contendo orações ou versos do Alcorão guardadas em uma caixinha dourada ou prateada coberta com pedras preciosas, que são colocados no berço para protegê-las do mau-olhado, espíritos maus, doenças, etc.
Para os antigos iranianos, a função de parteiro era permitida aos homens, no entanto com as restrições da religião islâmica tal prática é permitida apenas em casos especiais. A maioria dos iranianos modernos não segue a risca esta restrição, apesar de muitas famílias tradicionais preferirem uma médica obstetra. Até o século XIX, todas as parteiras que atendiam as mulheres muçulmanas eram também muçulmanas ou judias. Elas eram pagas pelo serviço e recebiam doces e frutas como presente.
A escolha do nome do bebê se dá após 6 noites a partir de seu nascimento. É uma ocasião especial onde a família dá um banquete e chama um homem religioso ou o avô paterno da criança que pergunta aos pais que nome estes tem em mente ou sugere que escolham um nome corânico. Assim que é dado o nome ao primogênito masculino, a mãe recebe o título de valedeh (que significa mãe) acompanhado do nome de seu filho. Isto é, se o nome escolhido para o menino for Ali, a mãe irá ser chamada de valedeh e Ali (que significa, "mãe de Ali").
Nas áreas urbanas é mais comum que todos escolham nomes islâmicos, enquanto nas tribos nômades e na zona rural alguns escolham nomes persas antigos. Os muçulmanos são recomendados pelos cartórios a escolher nomes apropriados a sua religião. Por exemplo, meninos xiitas nunca recebem o nome Umar. O nome do profeta Mohammad, assim como os nomes de seus familiares e dos imames são os mais populares. E assim como os católicos, os muçulmanos xiitas do Irã acreditam que o nome de um santo confere uma proteção particular a criança que recebe aquele nome e muitas vezes o nome é escolhido com base na data de nascimento.
Baseado em artigo do site Culture of IRAN .
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